Manual Prático para a Realização dos Direitos Humanos à Água e ao Saneamento

De Wiki das Águas

Esta publicação assinada pela Catarina de Albuquerque é uma de nossas principais referências e merece um artigo nesta wiki, onde esperamos que você possa encontrar o link eficiente do Manual em si, para usá-lo


RESUMO do relatório oficial

Desde 2010, quando a Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu explicitamente o direito humano à água potável segura e ao saneamento e o Conselho de Direitos Humanos reafirmou esse reconhecimento, o Relator Especial das Nações Unidas sobre o direito humano à água potável e ao saneamento recebeu repetidos pedidos de orientação dos Estados (nacionais e locais), prestadores de serviços, reguladores e outros, para esclarecer o que este direito humano implicaria para o seu trabalho e atividades.

O Relator Especial trabalhou em estreita colaboração com várias organizações interessadas em compreender o que os direitos humanos à água e ao saneamento significam para o seu trabalho e como traduzir esses direitos em prática.

O Relator Especial buscou uma abordagem colaborativa para o desenvolvimento deste manual, em primeiro lugar na identificação das principais barreiras, desafios e oportunidades que as partes interessadas encontram na realização dos direitos humanos à água e ao saneamento e, posteriormente, no teste e verificação das listas de verificação e recomendações apresentadas no manual. Isso garantiu que o Manual fosse relevante e útil além do mandato do atual Relator Especial.


Publicação oficial

ONU. Nações Unidas. Assembleia Geral das Nações Unidas. Manual prático para a realização dos direitos humanos à água e ao saneamento pela relatora especial da ONU, Catarina de Albuquerque, Portugal 2014 ISBN: 978-989-20-4980-9. Disponível em:

Realizing the human rights to water and sanitation: A handbook (PDF): English | Français | Español | Portuguese | العربية

Link: https://www.ohchr.org/EN/Issues/WaterAndSanitation/SRWater/Pages/Handbook.aspx



Linha do tempo de construção da publicação

  • Janeiro de 2013: Pesquisa online para apresentar o Manual e identificar questões de interesse particular.
  • Abril de 2013 (Lisboa, Portugal): Workshop para discutir o conteúdo e formato do Manual com organizações engajadas.
  • 28 de outubro a 15 de novembro de 2013: discussão eletrônica patrocinada pela Rede de Abastecimento de Água Rural, com foco na sustentabilidade, não discriminação e nos papéis e responsabilidades dos atores locais.
  • Outubro de 2013 (Nairóbi, Quênia): Consulta de especialistas regionais para discutir como implementar os direitos humanos à água e ao saneamento em assentamentos informais e cidades.
  • Novembro de 2013 (Santa Cruz de la Sierra, Bolívia): Consulta de especialistas regionais sobre o papel das autoridades locais na realização dos direitos humanos à água e ao saneamento.
  • Janeiro de 2014 (Kathmandu, Nepal): Consulta de especialistas regionais sobre financiamento e orçamento para os direitos humanos à água e ao saneamento.
  • Janeiro a março de 2014: discussão eletrônica hospedada pela rede on-line das Nações Unidas de profissionais de direitos humanos, HuriTALK, sobre não discriminação e igualdade, e como esses princípios de direitos humanos podem ser incorporados em leis, políticas, regulamentos, orçamentos, prestação de serviços e sistemas de responsabilização.
  • Janeiro a abril de 2014: Consulta online da primeira versão do Manual.


Opiniões sobre o Manual Prático

Um documento que nos traz muitos caminhos de atuação em situações emergenciais, ou melhor dizendo, caminhos de preparação para a garantia dos Direitos Humanos é o Manual Prático para a Realização dos Direitos Humanos à Água e ao Saneamento, escrito pela relatora especial da ONU Catarina de Albuquerque (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU, 2014).

Este documento tem 09 cadernos sobre como implementar os direitos humanos à água e ao saneamento, contém resumos e um primoroso checklist no capítulo 8. Os temas deste manual prático são por demais interessantes como campo de visão da estruturação para a análise destes fenômenos.

A abordagem do Manual fortalece as seguintes categorias essenciais para a análise de garantia dos Direitos: (1) Enquadramento Legal, (2) Financiamento e Orçamentação, (3) Serviços, (4) Monitoramento, (5) Acesso à Justiça e (6) Princípios deste acesso (ONU, 2014). Os seis itens devem ser abordados se a perspectiva de implementação da gestão e regulação dos recursos hídricos desejar levar critérios mínimos em aspectos dignos aos Direitos Humanos.

Estes critérios fazem parte da aproximação objetiva com a Declaração de Viena de 1992, que afirma em seu artigo 5º que "todos os direitos do homem são universais, indivisíveis, interdependentes e inter-relacionados" (ONU, 1992).

Estas categorias também podem servir como guia para as diferentes possibilidades organizacionais na aplicação do BioTechnoSwarm em seus aglomerados emergentes, por pessoas comuns em ação por seus direitos.



Veja mais sobre